segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Vamos às notícias dos principais jornais do País.


Jornal O Globo (RJ)


Celulares na berlinda

Anatel recebeu 843 mil queixas contra operadoras de telefonia móvel em 2011

BRASÍLIA - A punição recente aplicada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) às operadoras de telefonia celular não resolveu um problema que deixa os consumidores reféns das empresas. A agência não fornece aos usuários informações claras e objetivas sobre o desempenho das operadoras. A pedido do GLOBO, a Anatel levantou o número de reclamações recebidas em seu call center no ano passado. Foram 843.090 contra as empresas de telefonia móvel, sendo a maior parte sobre cobranças indevidas, motivo que respondeu por 42% das ligações sobre celular para a central.

Ainda assim, no Índice de Desempenho no Atendimento (IDA), publicado mensalmente pela Anatel, que considera se as prestadoras atenderam às reclamações dos clientes, nenhuma empresa recebeu nota “vermelha”, ou seja abaixo de 50, em escala de zero a 100. Pelo levantamento, a TIM tem o maior número de reclamações: 262.046, ou 31% das queixas, seguida da Claro, com 239.814, ou 28,4% do total. Em todas, a cobrança é o principal problema.
Na avaliação de especialistas, as medidas anunciadas pela Anatel não vão pôr fim ao martírio dos consumidores, pois o problema continua sendo a falta de informações. No Procon do Rio, foram 7.640 reclamações nos oito primeiros meses, ante 5.200 entre janeiro e agosto do ano passado, uma alta de 47%. No Procon de São Paulo, a quantidade de queixas sobre telefonia celular aumentou 30% no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2011, passando de 9,4 mil para 12,2 mil.
O presidente da Anatel, João Rezende, afirma que o órgão sabe quem são as melhores e as piores empresas. Mas reconhece que existe um problema de divulgação. Para Rezende, é preciso um aprimoramento dos indicadores, dos sistemas e dos relatórios, para que fique tudo à disposição na página da agência na internet.
Waldery Santos, encarregado da equipe de frios de uma rede de supermercado, disse que só avaliava se o valor do plano era vantajoso, mas que passará a pesquisar dados sobre as companhias antes de escolher um pacote. Pelo contrato com a Vivo, deveria pagar R$ 0,05 por minuto em ligações para números da mesma operadora. Durante alguns meses, o acordo foi cumprido, mas nas últimas duas contas o valor chegou a ser de R$ 3,80 por minuto. Apenas quando foi ao Procon a Vivo reconheceu o erro e prometeu estornar a diferença:
— Eu me senti lesado. Liguei várias vezes, cheguei a ficar uma hora na linha, e ninguém resolveu meu problema. Vou ficar mais atento.
Com um pacote da TIM para ligações e acesso à internet, o engenheiro eletricista Rogério Coelho da Silva reclamou da qualidade dos serviços. Ele escolheu o plano por causa das vantagens, como chamadas mais baratas para outros estados, mas enfrenta queda nas ligações:
— Quando ligo para a operadora, dizem que estão fazendo investimentos. Mas ainda não observei melhora no serviço.
Empresa alega ‘dificuldade de entendimento’
Eduardo Levy, presidente do SindiTelebrasil, associação que reúne as empresas de telefonia, acredita que o consumidor tem conhecimento para fazer suas opções de serviços e preços:
— A transparência para quem está oferecendo um serviço para o consumidor é regra de ouro. É ela que gera a credibilidade.
Mas Levy acredita que o consumidor sabe que produto está comprando e o preço do serviço. Ele é contra a ideia de que empresas igualem ofertas ou planos de serviços, como defendem alguns parlamentares. Para Levy, isto retiraria opções dos usuários, porque a qualidade cairia e os preços subiriam.
— Dizer que o consumidor é refém é muito forte, o cliente tem muito mais acesso às informações. Todo mundo consegue ter um chip. Os consumidores não dependem mais dos dados oficiais para fazer as suas escolhas — disse o diretor-executivo de marketing da Telefonica/Vivo, Daniel Cardoso.
A TIM informou que as reclamações sobre faturas muitas vezes acontecem por “dificuldades no entendimento da conta por parte do cliente” e que reduziu em 38% as reclamações de cobrança em janeiro de 2012, contra o mesmo período de 2011.
A Vivo informou que o Ministério da Justiça divulgou que a empresa reduziu em 7,2% o número de reclamações em janeiro frente a 2011.
A Claro, por meio de nota, disse que está investindo este ano R$ 3,5 bilhões em redes e mais R$ 2,8 bilhões até 2014 em centrais de atendimento. A Oi informou, por meio de nota, que seus clientes contam com o “portal de relacionamento Minha Oi”, onde podem acompanhar os planos contratados.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/celulares-na-berlinda-6041622#ixzz264YpfLCf 


Jornal do Brasil (RJ)


Dilma: governo quer garantir qualidade da internet banda larga no país 

A presidente Dilma Rousseff disse hoje (10) que o governo pretende garantir a qualidade da internet banda larga no país. Ao comentar medidas anunciadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre o assunto, a presidente destacou que o país registra atualmente 78milhões de conexões banda larga, sendo 59 milhões de internet portátil.
No programa semanal Café coma a Presidenta, Dilma lembrou que um decreto publicado em outubro do ano passado determinava que a Anatel definisse critérios para avaliar e monitorar os serviços de internet prestados no Brasil.
“Muitos consumidores estavam reclamando da velocidade e da estabilidade das conexões. Reclamavam que pagavam e não recebiam pelo serviço pago. Em muitos casos, os consumidores recebiam apenas 10% da velocidade da internet que eles tinham contratado com as empresas prestadoras desse serviço”, ressaltou.
Durante o programa, a presidente reforçou que, a partir de outubro, as operadoras com mais de 50 mil usuários deverão entregar, em média, por mês, uma velocidade mínima de conexão de 60% da anunciada. “Estamos trabalhando para ampliar cada vez mais o acesso das famílias a uma boa conexão de internet”, disse a presidente. “Fiscalizar significa garantir ao consumidor a necessária proteção contra serviços de má qualidade, garantir o rigoroso cumprimento do que foi por ele contratado e pago. Só assim o consumidor terá os seus direitos respeitados”.
Pouco mais de uma semana do início do cadastramento de usuários para testar a qualidade da banda larga fixa no país, aproximadamente 32 mil pessoas se inscreveram para participar da medição, que será feita por uma entidade aferidora selecionada pela Anatel.
Os dados coletados serão divulgados mensalmente pela Anatel e servirão para que o órgão avalie se as empresas estão cumprindo as metas de qualidade estabelecidas. No caso de descumprimento, a agência poderá estabelecer prazos para que o problema seja resolvido, aplicar multas ou até determinar a proibição de vendas.
Jornal Folha de São Paulo (SP)
França corta previsão do PIB e anuncia mais imposto
O presidente da França, François Hollande, revisou para baixo a estimativa de crescimento do país no ano que vem, de 1,2% para 0,8%, e anunciou que, dos € 30 bilhões do novo pacote fiscal anticrise, € 20 bilhões virão de maiores impostos e € 10 bilhões em corte de gastos. Em entrevista na TV, ele informou que metade do aumento de impostos recairá sobre as empresas e o restante, sobre os domicílios.

Jornal Estadão (SP)

Nova droga para câncer de próstata poderá ser tomada a cada 6 meses

Injeção subcutânea deverá chegar em março, se aprovada pela Anvisa; terapia faz parte do grupo de remédios que suprimem o hormônio masculino que ‘alimenta’ tumor



Intervenção. Paciente com tumor de próstata é tratado com radiação nos Estados Unidos - Kirk Condyles/NYT-16/10/2008
Uma nova droga que deve chegar ao País a partir de março permitirá que o paciente com câncer de próstata avançado - que já não pode ser tratado com cirurgia - receba a medicação a cada seis meses. Urologistas dizem que a periodicidade favorece a adesão ao tratamento e traz mais conforto ao paciente. A novidade foi discutida na semana passada em São Paulo, no 12.º Congresso Paulista de Urologia.
O acetato de leuprorrelina, que tem o nome comercial de Eligard, faz parte do grupo de medicamentos usados na hormonioterapia. Para pacientes que são diagnosticados em estágio mais avançado, com metástase, a supressão do hormônio masculino é a primeira alternativa terapêutica, na medida em que é esse hormônio que "alimenta" o tumor. Caso a terapia hormonal falhe em suas várias formulações, recorre-se à quimioterapia, definida como segunda linha de tratamento. A cirurgia de retirada da próstata só é indicada em casos diagnosticados precocemente.
Para o especialista americano David Crawford, que participou do congresso, o desenvolvimento da hormonioterapia vai fazer com que, no futuro, o câncer de próstata avançado seja tratado como uma doença crônica. "Temos esperança de transformar o câncer de próstata avançado em uma doença controlável. Talvez não curável, mas também não se cura diabete ou hipertensão, apenas se trata", diz o urologista, chefe da seção de Uro-Oncologia da Universidade do Colorado.
Sobre a medicação semestral, ele conta que tem experiência com pacientes que utilizam a estratégia nos EUA e observa que ela diminui o risco de falhas na adesão. "Se você opta por esse medicamento, é apenas uma injeção a cada seis meses. O médico continua vendo o paciente, só que o tempo do consultório não é atrelado à injeção, mas ao atendimento clínico."
De acordo com o urologista Rodolfo Borges dos Reis, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia - Seccional São Paulo (SBU-SP), para os pacientes que estão em boa condição de saúde, quanto menos se lembrarem da doença, melhor. "Quando a medicação é só a cada seis meses, o paciente vai se lembrar menos da doença. Do ponto de vista psicológico, não ter de tomar remédio todos os dias é melhor."
O medicamento, que deve ser aplicado em uma injeção subcutânea, está em fase de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No Brasil, por enquanto, só estão disponíveis doses mensais e trimestrais. A estimativa é que cada dose semestral custe cerca de R$ 3 mil.
Outro avanço são as drogas de hormonioterapia que bloqueiam a produção de testosterona por vários caminhos. Crawford diz que 95% da testosterona vêm do testículo. "Mas quando você bloqueia esse caminho, a testosterona fica esperta e descobre outra maneira de sair. As glândulas adrenais começam a produzi-la, por exemplo. É um mecanismo de defesa." As drogas mais modernas são capazes de driblar esse mecanismo.
Prevenção. Apesar dos avanços na pesquisa, a prevenção ainda se apresenta como um problema no Brasil. A questão também foi abordada no congresso por Reis. De acordo com ele, o mais grave é que os brasileiros ainda estão sendo diagnosticados tardiamente. O urologista cita que nos EUA 80% dos pacientes diagnosticados com câncer de próstata estão em estágio inicial, mas no Brasil menos de 50% dos diagnosticados no sistema público têm esse benefício.
Levantamento coordenado por Reis em um hospital público de Ribeirão Preto ligado à USP mostrou que 52% dos casos foram diagnosticados já no estágio classificado como "localmente avançado". "Ainda tem muita coisa a ser feita. O Brasil não tem curvas de primeiro mundo em relação ao câncer. Os doentes ainda estão demorando para chegar ao sistema público. Na prática do consultório, isso é um pouco diferente e os pacientes são detectados mais cedo", diz Reis.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), está previsto para este ano o surgimento de 60.180 novos casos de câncer de próstata. A taxa de incidência é de 62,5 casos a cada 100 mil homens. Para Reis, falta aos homens uma educação continuada que mostre a importância de consultar frequentemente urologistas, assim como a mulher já está condicionada a se consultar com ginecologistas.
Jornal Zero Hora (RS)

Indústria dá sinais de recuperação e volta a contratar

Após um início de ano pouco promissor, as indústrias gaúchas inverteram a fraca perspectiva ao melhorarem os negócios em julho. Embalados por incentivos concedidos pelo governo federal, câmbio favorável à exportação e juro em queda, segmentos como metalmecânico e moveleiro devem retomar as vendas e o emprego ainda em 2012.
Ao lado das fábricas de produtos químicos, fabricantes de móveis e fornecedores de peças para a montagem de automóveis e máquinas agrícolas, por exemplo, levaram a indústria a alcançar, em julho, o primeiro desempenho positivo após três meses de queda, segundo a Federação das Indústrias do Estado (Fiergs). Para o presidente da entidade, Heitor José Müller, é cedo para falar em retomada, mas os números são um alívio:
— A indústria sai do fundo do poço e começa a retomar a subida.
De junho para julho, variáveis que medem a perspectiva de negócios para os meses seguintes foram positivos: o uso da capacidade subiu, assim como a compra de matérias-primas e maquinários para a produção. Alguns setores dão sinais de que tempos melhores podem estar chegando: a venda recorde de automóveis no Brasil em agosto e o fechamento de R$ 2 bilhões em contratos para compra de máquinas agrícolas na Expointer indicam que a cadeia de fornecedores têm conseguido fechar bons negócios.
— Havia uma demanda reprimida desde o início do ano que agora parece estar voltando ao normal — explica Gilberto Petry, presidente do Sinmetal/RS, entidade que representa a indústria metalmecânica.
Além dos benefícios fiscais concedidos pelo governo federal para tentar reaquecer a economia, as indústrias começam a se beneficiar agora da redução do juro básico, hoje em 7,5% ao ano, e do dólar na casa dos R$ 2, explica André Scherer, diretor técnico da Fundação de Economia e Estatística. O economista ressalta, no entanto, que a crise internacional ainda coloca em dúvida uma reação mais duradoura:
— O governo tem dado estímulos e a indústria vem reagindo, mas um ciclo mais longo depende dos rumos da economia internacional, da capacidade interna de consumo e do ritmo de investimentos da indústria.
A perspectiva de uma aceleração nas vendas da indústria estimula parte dos setores a investirem e contratarem mais. Juntos, os fabricantes de máquinas agrícolas, móveis, alimentos e softwares e equipamentos de informática poderão contratar mais de 4 mil pessoas no Rio Grande do Sul até o final do ano.
— A prorrogação da isenção do IPI poderá levar a indústria a contratar neste segundo semestre, principal período para as vendas — afirma o presidente da Associação das Indústrias de Móveis do Estado (Movergs), Ivo Cansan.
Outros segmentos estão com vagas abertas, mas enfrentam dificuldades para preenchê-las, como o coureiro-calçadista. Parte das empresas desse setor, no entanto, deve segurar seus processos de seleção até que tenha uma visão mais clara do rumo do mercado.
Conforme o Dieese, a indústria empregou em julho 4 mil pessoas na Região Metropolitana de Porto Alegre, quase metade das 9 mil nos últimos 12 meses.
— Embora não haja certeza de novas contratações na indústria, em geral, a expectativa é de que, com a melhoria do setor, pelo menos não ocorram demissões — afirma Ana Paula Sperotto, coordenadora da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Dieese.

Sinal verde
Implementos agrícolas: as vendas durante a Expointer indicam um rumo crescente nos negócios. Diante de boas perspectivas da safra e redução de juros para compra de máquinas, a indústria deve investir e contratar 3 mil pessoas.
Moveleiro: a prorrogação do corte do IPI até dezembro deve impulsionar as vendas no final de ano, principal período para o setor. Até agora, não houve contratações pela indústria, mas 450 postos poderão ser abertos nos próximos meses.
Alimentos: o crescimento do emprego e o avanço da renda mantêm as vendas em alta. Com a inflação dos preços de alimentos, parte dos consumidores têm antecipado as compras, o que reverte em mais vendas. O setor já começa a contratar para o final do ano.
Tecnologia e informática: com o aquecimento da economia, o varejo volta a investir em softwares e hardwares. Encomendas represadas foram retomadas, inclusive pela indústria. Gradativamente, o setor volta a contratar.
Sinal amarelo
Automotivo: a prorrogação do corte de IPI até outubro renova a expectativa de retomada. Fornecedores da GM em Gravataí ou de montadoras em outros Estados não prometem contratar, mas também não devem demitir.
Couro: a produção de novas coleções melhorou a atividade nos últimos meses, mas o setor mantém cautela em relação aos próximos meses. A perspectiva é de estabilidade no emprego, mas podem ocorrer contratações conforme o ritmo do consumo.
Equipamentos industriais: embora parte das indústrias esteja ampliando a produção, o investimento em máquinas e equipamentos deve ser modesto, pois havia capacidade ociosa. A tendência é de estabilidade no emprego.
Calçados: os calçadistas reclamam de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) elevado e da concorrência dos asiáticos. Houve melhora nas vendas em julho, mas o setor analisa que foi pontual. Há cerca de mil vagas em aberto, mas sindicatos patronais não garantem que serão preenchidas.

Correio Braziliense (DF)
Mortes no Caje aumentam clima de tensão dentro e fora da unidade
A morte de três infratores num espaço de 20 dias dentro do antigo Centro de Atendimento Juvenil Especializado (Caje), e sob a guarda do Estado, criou um clima de terror para os familiares dos internos. Eles temem que se repita uma velha rotina, que acontecia nos presídios de adultos — a chamada ciranda da morte — nas décadas passadas. Segundo a polícia, os jovens planejam matar um deles por semana para pressionar as autoridades, principalmente o Judiciário e o Ministério Público, a aplicarem penas mais brandas a quem for surpreendido infringindo a lei.Ontem, dia de visitas na Unidade de Internação do Plano Piloto (UIPP), ou Caje, — realizadas em colchões espalhados pelo pátio da instituição —, os parentes manifestaram medo com a expectativa de novas tragédias esta semana. “Achei que meu filho pagaria pelo que fez e sairia de lá recuperado, mas quem deveria resguardá-lo não cuidou direito”, disse o vigilante Ronaldo Rodrigues, 35 anos, pai Ronald Ferreira de Barros, 15, enforcado no sábado, dia de seu aniversário. O desabafo foi feito após o sepultamento do garoto, no Cemitério do Gama. A secretária da Criança, Rejane Pitanga, garante que o lugar será desativado até o fim do ano. 



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