A Prefeitura de Maricá decidiu ampliar o projeto de iluminação previsto nos dois condomínios do programa Minha Casa Minha Vida em construção na cidade, para reforçar a segurança dos futuros moradores. Estão sendo erguidos, em Inoã e Itaipuaçu, cerca de três mil unidades habitacionais, que serão destinadas à população de baixa renda e famílias desabrigadas ou em áreas de risco.
Representantes da coordenação do programa na cidade e equipes das secretarias municipais de Energia e Iluminação Pública e de Assuntos Federativos (responsável pelos projetos que envolvem convênios com o governo federal) estiveram nesta quarta-feira (11/07) em visita técnica ao canteiro de obras do empreendimento de Itaipuaçu. A administração municipal decidiu instalar postes e refletores em todas as ruas internas do condomínio, que abrangem os 184 blocos com 1.472 apartamentos, além das áreas de convivência e lazer. Pelo projeto básico apresentado pela construtora, as obras seriam entregues somente com a iluminação da via principal, de 1,5 km de extensão e que contorna todos os blocos de apartamentos. O novo projeto, assim como a execução das novas obras, será realizado com recursos municipais.
A secretaria municipal de Assuntos Federativos vai se dedicar, a partir da visita de inspeção realizada, no detalhamento do sistema de iluminação externa entre as vias do condomínio, para preparar a licitação dos equipamentos (postes, cabos e refletores). “Fizemos esta visita para avaliar e verificar quais equipamentos são necessários para garantir a iluminação mais adequada em todo o condomínio”, disse o subsecretário Francisco Lameira, acrescentando que a mesma visita será realizada no canteiro de obras de Inoã, provavelmente na próxima semana.
Segundo a coordenadora do programa Minha Casa Minha Vida em Maricá, Lene Oliveira, o pedido de reforço na iluminação surgiu de uma avaliação detalhada de sua equipe sobre a futura ocupação dos condomínios. “Vimos que apesar de haver garantia de iluminação na área externa, pela via principal, alguns blocos de apartamentos mais afastados e as áreas comuns poderiam ser mais bem iluminados”, declarou. "Além de trazer conforto, a iluminação é uma estratégia preventiva de segurança", ressaltou.
Ainda segundo Lene, o objetivo da prefeitura é entregar o condomínio com total infraestrutura aos moradores. “Vamos construir uma escola, um Posto de Saúde da Família (PSF) e uma creche em cada um dos condomínios”, reforçou, acrescentando que estão em discussão ainda as instalações de um Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e de um posto da guarda municipal nos dois locais, também para garantir a ordem e a segurança dos beneficiados pelas moradias populares.
Já a secretária municipal de Energia e Iluminação Pública, Shirlene de Barros Diniz, explicou que os postes e refletores serão interligados à rede elétrica que a concessionária de energia instalar na via principal do empreendimento. “O número exato de postes e outros elementos só serão definidos quando a Ampla instalar toda a rede dessa via central”, disse. Segundo o engenheiro da construtora responsável pelas obras, Guilherme Luz, a Ampla tem até dezembro para finalizar o serviço.
Três mil apartamentos de dois quartos
Os quase três mil apartamentos do Minha Casa Minha Vida em Maricá terão 46 metros quadrados cada, com sala, banheiro, dois quartos e cozinha agregada com área de serviço, além de adaptação para portadores de necessidades físicas, como por exemplo, portas de 80 centímetros.
O engenheiro Guilherme Luz destaca que todos os apartamentos possuem o mesmo tamanho. A diferença, segundo ele, é a tipologia da construção. “Em Itaipuaçu, o terreno de 126 mil metros quadrados permite a construção de 1.472 unidades divididas em 184 módulos de oito blocos de apartamentos, com dois andares cada. Já em Inoã, a obra é mais verticalizada, com prédios de cinco andares, considerando o térreo, e 20 apartamentos em cada prédio, com 1.460 unidades ao todo”, explicou o engenheiro.
Os empreendimentos no município terão área social que compreende a construção de cinco centros comunitários, com salão de festas, sanitários, minicozinha, churrasqueira, quiosque e parque infantil. Os projetos também preveem a implantação de estação de tratamento de esgoto e de um centro de distribuição de água canalizada com cisterna coletiva de 14 mil litros para emergências e caixas de 500 litros de capacidade, por apartamento. Ainda está prevista a implantação de linhas de ônibus e transporte alternativo para os moradores, além da pavimentação das vias de acesso aos condomínios.
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