A partir da próxima quarta-feira, dia
24, a cidade de Búzios sediará o “Desafio Solar Brasil”, evento de cunho náutico
que será realizado na Praia da Armação, próximo à Orla Bardot. Até o dia 28,
barcos movidos à energia solar estarão no balneário mostrando a viabilidade de
uma proposta alternativa de consumo inteligente para embarcações. O evento, que
já está em sua quarta edição (sendo a primeira realizada em Búzios), contará,
ainda, com palestras abertas ao público e um desafio lançado aos estudantes da
rede municipal de ensino.
Realizada por meio de parceria entre a Prefeitura de Búzios, o Polo Naútico da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a concessionária Ampla, a
competição é um rali de regularidade, em que a embarcação que somar o menor
tempo durante todas as regatas é a grande vencedora, e visa estimular e
divulgar o desenvolvimento de tecnologias para fontes limpas de energias
alternativas, contribuindo para o desenvolvimento da indústria naval
brasileira.
De acordo com o Secretário de Ciência e Tecnologia, Rafael Fontenelles, a
intenção do desafio é propiciar à sociedade uma relação mais próxima com as
questões ambientais e sociais, uma vez que a energia demonstrada nas
embarcações não libera a emissão de gazes poluentes à atmosfera:
“A região oferece, hoje, vários cursos
técnicos, dentre os quais cursos de engenharia. Portanto, este evento é uma
oportunidade ímpar para os estudantes, uma vez que poderão estar próximos à
tecnologia, como o sistema de telemetria, usado também na fórmula 1, e que
consiste em um sistema de transmissão de informação sem fio”, afirmou Alessandro
Leite que integra a equipe de organização do Desafio Solar em Búzios.
A cerimônia de abertura acontecerá no dia 25 de julho (quinta-feira), na Praça
Santos Dumont, às 10h, e as provas oficiais terão início na sexta-feira, dia 26
de julho, às 8h, na Orla Bardot. Estão inscritas 17 equipes – tais como
Albatroz, Araribóia, Arpoador, Solaris, Vento Sul 1, Vento Sul 2 e Zênite Solar
- que representarão os estados do Rio de Janeiro, Santa Catarina e Ceará,
totalizando 180 universitários envolvidos e 40 professores e orientadores. Além
da competição, o evento contará com workshops sobre telemetria e monitoramento,
propulsão solar, smart grid e outros assuntos relacionados à geração de
energia renovável, medição inteligente, engenharia elétrica e naval e consumo
consciente de energia.
Estudantes buzianos também participarão do evento. O desafio lançado aos alunos
do Colégio Paulo Freire foi a elaboração de uma redação sobre sustentabilidade,
energia renovável e energia limpa. O trabalho, que poderá ser feito
individualmente ou em grupo, deverá ser entregue até o dia 15 de agosto. De
acordo com os organizadores do evento, o melhor trabalho será premiado com a
participação na montagem de um barco movido à energia solar, o qual estará
inserido no Desafio Solar de 2014.
Fontes limpas de energia – O Desafio Solar Brasil é um rali de barcos movidos à
energia solar que visa estimular o desenvolvimento de tecnologias para fontes
limpas de energias alternativas, bem como divulgar o potencial dessas
tecnologias aplicadas em embarcações de serviço, recreio e transporte de
passageiros. Além das regatas, os barcos competem em provas de slaloon
(desvio de bóias), sprint-test (aceleração) e uma prova de apresentação
de projetos em que as equipes devem mostrar os projetos de seus barcos.
O
evento caracteriza-se também como o início de uma articulação internacional,
pois inspira-se na Frisian Solar Challenge, competição realizada a cada
dois anos na Holanda que se constitui no principal evento europeu para
embarcações solares, durante o qual os participantes percorrem 220 quilômetros
de canais das 11 cidades da região de Frísia, no norte do país.
A
idéia de realizar a versão brasileira surgiu com a participação da equipe da
UFRJ na última edição da Frisian, em junho de 2008. O barco projetado e
construído no Pólo Náutico completou as seis provas em quarto lugar da classe
A, ficando em sétimo lugar na classificação geral, entre 48 equipes européias.
A meta
é que a competição brasileira articule instituições e universidades na América
Latina e, futuramente, corresponda a uma das etapas de um circuito
internacional ampliado, não apenas restrito ao continente europeu.
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