Empresários do Centro de Cabo Frio se reuniram, no fim da tarde de ontem, com o presidente de Associação Comercial, Industrial e Turística (Acia), Walmir Porto. O encontro aconteceu num restaurante do Centro da cidade, e teve como objetivo discutir ações que possam melhorar o movimento no comércio. Entre as reivindicações os empresários pedem que a Acia interceda na solução de problemas como segurança, estacionamento e horário de atendimento bancário, entre outras coisas.
- Temos um problema sério na questão da segurança, principalmente nos dois horários que são os mais críticos, quando estamos mais vulneráveis, que é às 9h, quando o comércio abre as portas, e às 19h, quando fecha – relatou João Carlos Alberto, da JC Imóveis, recebendo apoio dos demais empresários presentes.
Outro ponto levantado foi a falta de vagas de estacionamento nas ruas do Centro da cidade, problema que, segundo os empresários, reflete diretamente no movimento das empresas, assim como o horário de funcionamento dos bancos e a localização do píer que recebe turistas vindos de transatlânticos.
- Muitas vezes o cliente deixa de comprar porque não consegue vaga no Centro da cidade. Além disso, o horário de atendimento bancário também reflete de forma negativa no comércio porque as pessoas deixam para vir ao Centro somente durante o expediente bancário. E para piorar, quando a cidade recebe turistas de transatlânticos, eles desembarcam na Passagem e nem passam pelo Centro: seguem de transfer direto para outros pontos da cidade. Ou seja, é um somatório de coisas que acabam prejudicando o movimento – explicou José Márcio Corrêa, da Papelaria Canal.
Após ouvir as reivindicações, o presidente da Acia, Walmir Porto, lembrou que desde que assumiu a entidade, em abril do ano passado, vem buscando soluções para o problema da segurança pública. Em junho de 2013, por exemplo, durante uma das edições do projeto “Café com Ideias”, a Associação Comercial convidou empresários e representantes da 126ª Delegacia, 25º Batalhão e Guarda Municipal para discutir a questão da segurança por conta do grande número assaltos ao comércio de Cabo Frio.
- O então comandante do 25º, coronel Samir, sempre dizia que não tinha assaltos coisa nenhuma, que era invenção dos empresários para prejudicá-lo, porque as ocorrências não apareciam nas estatísticas. Mas não apareciam porque o empresário não conseguia fazer o registro. Ele chegava na delegacia de manhã e tinha que esperar terminar o flagrante do marginal preso e uma série de outras ocorrências consideradas mais importantes do que o assalto ao comércio. Com isso muitos empresários acabavam desistindo do registro, e os assaltos não apareciam nas estatísticas. Então conseguimos com o ex-delegado criar um canal direto do empresário com a delegacia através da Acia, e as ocorrências passaram a ser feitas com hora marcada: em 10 minutos o empresário passou a ser atendido. Isso não resolveu o problema dos assaltos, mas criou uma estatística mais real, que podemos usar para cobrar ações mais efetivas da PM a partir de agora – explicou Walmir.
O presidente da Acia também lembrou que em fevereiro deste ano participou, na Câmara de Cabo Frio, de uma audiência sobre segurança pública onde sugeriu que fosse feito um monitoramento da cidade através de câmeras espalhadas pela cidade.
- Todo mundo que estava ali estava pedindo mais efetivo, um novo batalhão, mas sabemos que nada disso vai acontecer. Eu mesmo já estive com o secretário estadual de Segurança e ele me afirmou com todas as letras: não vai haver aumento de efetivo nem a construção de um novo Batalhão. Então a discussão tem que ser outra: a prevenção. Tem que ser implantado, em Cabo Frio, um Centro de Monitoramento comandado pela Polícia Militar. Na época me propus, como presidente da Acia, a ajudar no que for preciso – comentou Walmir, que recebeu como sugestão dos empresários a criação de uma parceria com uma operadora de TV a cabo da cidade para facilitar esse monitoramento. O presidente da Acia também se comprometeu com os empresários a verificar as outras reivindicações e tentar buscar soluções e alternativas para cada caso apresentado.
“Feira Forte no Centro”
Outro assunto levantado pelos empresários foi a possibilidade de realização de uma campanha da Acia, nos moldes da Feira Forte, envolvendo o comércio do Centro da cidade. Walmir lembrou que o projeto já existe e que seria implantado em novembro do ano passado.
- A ideia era utilizarmos o gancho dos protestos com o apelo de “Vem pra Rua” e convocar os consumidores para uma mega liquidação no comércio de rua de Cabo Frio. Infelizmente, não tivemos apoio para levar o projeto adiante, e ele acabou não acontecendo. Mas podemos criar um novo encontro de empresários, fazer uma nova edição do “Café com Ideias”, e colocar todos esses assuntos em pauta, novamente – explicou Walmir, que recebeu apoio de todos os empresários presentes.
Além de João Carlos Alberto e José Márcio Corrêa, também participaram da reunião Alessandra de Carvalho Mureb (Lagoa Café), Mariel Dantas Júnior (Parada Obrigatória), Renato Aguiar Gonçalves (Cyber Tel), Sérgio Tadeu Siqueira (Brasinha Restaurante), Carlos Antônio (VAGL Roupas), Luiz Felipe Silva (Óticas Visual, Madri e Colonial) e Diego Abrahão Salgado Paredes (San Diego Moda Íntima).
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