sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Servidora rebate reforma com críticas e denúncias durante Tribuna Cidadã em Macaé




Quando o governo não dialoga com a população e com seus servidores, são eles que botam a boca no trombone, afim de que seu clamor ecoe nos ouvidos do Executivo. E dessa vez, uma servidora, ex-procuradora, Ana Beatriz Cooper, usou o espaço da Tribuna Cidadã, realizada nesta quarta-feira, 30, para denunciar irregularidades no processo de sua aposentadoria, contra sua vontade, ocorrida por invalidez e criticar as inconformidades contidas no PL da Reforma Administrativa que tramita na casa, cercada de polêmicas e contradições. 

O vereador Marcel Silvano participou ao final da tribuna e se consolidou à servidora que denunciou perseguição, posicionando-se e explicando os equívocos sobre a criminalização que se gera em torno dos que ocupam cargos de comissão. Em sua opinião, os cargos devem ser ocupados por quem de fato trabalha e não para ser cabo eleitoral.

Não é crime nem fora da realidade, ao contrário, é direito do concursado ou de quem não é servidor, porém o grande problema, fruto de uma lógica que vem ao longo do tempo, como no governo anterior, que eram utilizados esses cargos, e ainda são, ou seja, uma postura que não mudou para se fazer política, para ser cabo eleitoral e não para atender o serviço público”, explicou Marcel.

Quanto a tramitação da reforma, Marcel disse que Macaé está vivendo um momento de muita intensidade, insegurança e interrogações. Segundo ele, algumas coisas precisam ser pontuadas e passadas a limpo, para que se supere esse momento de dificuldade e de extremas confusões.

“Temos um grave problema que é a relação entre o Executivo e Legislativo, que é muita das vezes uma relação autoritária. O Legislativo aqui, na sua ampla maioria, se coloca subserviente. Isso é ruim, acho que temos agora num momento de dificuldades administrativas”, destacou. 

Por fim, Marcel pontua que é preciso criar alguns pactos  e que o primeiro deles, é que não se criminalize o servidor público e que, por exemplo, aumentem  a porcentagem  de servidores de carreira que ocupem os cargos de comissão. 

“O que a gente vê, é uma reforma que vai aumentar os números de pessoas que recebem os valores mais altos da administração pública. Isso é uma distorção e você retira funções gratificações daqueles que fazem funcionar a Escola de Artes, por exemplo, de quem está fazendo acontecer o serviço público na ponta”, disse. 

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