terça-feira, 16 de outubro de 2012

Presidente do PMDB rebate Paes e defende Temer para vice de Dilma


O presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), rebateu nesta segunda-feira (15) declaração do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que lançou o nome do governadordo RJ, Sérgio Cabral, para se candidatar a vice-presidente da República pelo PMDB na chapa de Dilma Rousseff (PT) nas eleições de 2014. Raupp disse ter telefonado para Paes na manhã desta segunda para esclarecer o episódio.
"O candidato dele [Paes] é o presidente Michel [Temer]. Ele não vai falar mais sobre o assunto. Ele acha que é um direito que o Rio podia ter, mas não vai se pronunciar mais", disse o dirigente do PMDB. Raupp é presidente em exercício do PMDB; o titular é o próprio vice-presidente da República, Michel Temer.

A declaração de Paes lançando Cabral para o lugar de Temer foi feita neste comingo (14), quando defendeu a manutenção da chapa entre PT e PMDB para as eleições presidenciais. "A gente respeita e gosta muito do vice-presidente Michel Temer, mas acho que agora é a hora do governador Sérgio Cabral ser o candidato a vice em 2014", disse o peemedebista em São Paulo, após participar da 68ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa.

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Questionado sobre o motivo da declaração, Raupp disse que foi "o momento, o calor da vitória", em referência à reeleição de Paes para a Prefeitura do Rio de Janeiro, com o apoio de Cabral. "Tem uma vitória muito forte, acho que é direito dele [Paes] querer espaço", afirmou.

O G1 procurou a assessoria do prefeito Eduardo Paes para comentar a declaração de Raupp, e até a publicação desta reportagem não havia recebido resposta.

2018
Raupp disse que o partido prepara Cabral para uma possível candidatura à Presidência em 2018, em virtude de "um potencial eleitoral muito forte". Raupp disse que o próprio governador descarta a posição de vice de Dilma.

"O Sérgio Cabral me disse que possivelmente termina o mandato, que não sairia do governo", afirmou. Para se candidatar a vice, Cabral teria que deixar o cargo no início de 2014. "Qualquer outro projeto seria depois do mandato. E o candidato dele é o presidente Michel", enfatizou Raupp.

Na entrevista em que defendeu Cabral, neste domingo, Paes também comentou sobre a aliança entre PT e PSB, que obteve o maior crescimento nas eleições municipais. "Eu não vejo no governador Eduardo Campos nenhum desejo de ser candidato [a presidente] agora, não. Eu acho que ele apoia a reeleição da presidente Dilma e acho que tem que perceber que o PSB é um partido importante, mas que o PMDB tem prevalência nessa aliança", disse.


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