Estive lendo um artigo do Dr Luis Alberto Spy, professor da PUC-SP e um dos maiores formadores de opinião do Brasil em Psicologia no campo da teoria das relações humanas, a respeito de como se deve lhe dar com a massacrante força destrutiva do que é ser traído num relacionamento ou em qualquer situação diversa que te faça concluir categoricamente: "Esta pessoa traiu minha confiança"...
Quando falamos em traição ligamos logo ao fato de estarmos com uma pessoa numa relação afetiva e esta procura uma outra fora dessa relação. Mas a palavra tem um sentido tão mais amplo, bem como o tamanho do "estrago" que ela pode fazer na vida de uma pessoa.
Bem, sobre o artigo em si, o doutor me fez chegar as conclusões abaixo:
1- Não existe nenhum ser humano incapaz de se levantar de uma decepção amorosa. Nenhum mesmo. Temos que correr sim para captar meios de se preencher esse "vazio" que a outra pessoa deixou. Nenhum ser humano deveria ter o direito de mexer de forma negativa com os sentimentos daquele que um dia era o maior amor de sua vida, mas como existem pessoas assim, cabe aos que sofrem por isso olhar pra dentro de si mesmo e avaliar: Será que eu é que não sirvo pra ela ou ela é que não serve pra mim? Existem pessoas insubstituíveis em nosso coração? Óbvio que não! O mundo termina ai? Óbvio que não, até porque nossa vida é sim um livro, com inúmeras páginas. E por um acaso quando se está lendo um livro onde as ultimas páginas foram ruins pra você a tendência é você querer voltar pro que ja leu ou buscar nas páginas seguintes o que a sua história aguarda pra você?
2- Dado estatístico apontado pelo professor nos seus 30 anos de doutorado em psicologia revela o que eu mesmo ja sabia: quase 95% das pessoas que traem ou que terminam o relacionamento por motivo fútil se arrependem logo depois. E pior. Quase nunca (ou seja, aproximadamente 100%) a vítima dessas pessoas que traem não aceitam mas voltar, por duas razões bem definidas: 1- Ja vive um outro grande amor (até porque o vazio deixado pela pessoa que o largou ou que traiu é preenchido num primeiro momento por uma carência absurda, daí a facilidade de nos apegarmos a outra pessoa qualquer tão rapidamente). 2- Em média, segundo o professor, dura de 1 a 2 meses o período de quem traiu apresentar um certo arrependimento e vontade de voltar pra pessoa que ela mesma deixou.
Os dados acima (cientificamente comprovados) ja me fazem concluir que a falta de sentido na vida quando passamos pela dor da traição só existe para que nós tenhamos fôlego para correr e dar sentido a ela. Não adianta chorar o vazio que te deixaram. O que vale mesmo é sorrir para preencher este vazio. A vida não para e olha quanta gente bonita (não falo exclusivamente de beleza externa) tem ao nosso redor. Ninguém realmente é insubstituível. Com muita propriedade, o doutor destacou que todos são capazes de se levantar e continuar em frente APRENDENDO COM O QUE ACONTECEU e saindo MAIS FORTE DO QUE PENSÁVAMOS QUE FOSSEMOS, e paralelamente a tudo isso trabalhando em mente soluções para que evitemos futuras decepções. A depressão é fisiológica mas a fé e a atitude de querer reconstruir é lógica. Se você é independente, tem seu emprego, é livre, ta afim de mudar, tem saúde para isso e pessoas querendo realmente você (e veja que sempre tem) então?? Não é tão difícil assim como costumamos julgar ser. Crie coragem AME A SI MESMO, não gaste seu amor com quem não te dá valor ou pra quem não mereça. Deus quer te ver sorrindo, trabalhando e fazendo o bem ao teu próximo. Para aqueles que te fazem o mal, não lhe deseje o mesmo mal, porque estes tendem a cair sozinhos depois, não precisa de nenhum "empurrãozinho".
E lembrem-se: Estas pessoas ainda vão te procurar ou sentirão uma vontade absurda de te procurar. Aí este artigo aqui meus amigos não servirá mais para quem um dia passou por toda essa dor... Mas servirá para este que um dia te fez sofrer amargamente. Também não saiam por aí desejando o mal a ninguém, porque pessoas que são assim acabam caindo sozinhas...
NANDO BRAGA