A partir do dia 7 de
agosto, a Prefeitura de Búzios realizará, por meio da Secretaria de Saúde e
Defesa Civil, a Campanha de Detecção de Hepatites Virais, em consonância com as
ações realizadas pelo Ministério da Saúde para marcar o Dia Mundial de Luta
contra as Hepatites Virais, comemorado no último domingo, dia 28. A campanha
acontece até o dia 9 e objetiva prevenir a doença, além de proporcionar
tratamento precoce às pessoas infectadas.
Este ano, o tema da
campanha é “Hepatites Virais: sem perceber, você pode ter”. Iniciada em todo o
país no dia 22 de julho, a mobilização consiste, principalmente, na testagem
rápida para detectar as hepatites B e C, doenças graves que atacam o fígado, um
dos órgãos mais importantes para o funcionamento do corpo humano. Em Búzios, os
exames serão feitos em todos os Postos de Saúde da Família (PSFs) e na
Policlínica Municipal, com a previsão de o resultado ser entregue entre 15 a 30
minutos após a realização. Para realizar o teste, basta procurar uma Unidade de
Saúde munido do cartão do SUS.
São consideradas
público-alvo pessoas que receberam transfusão de sangue e/ou hemoderivados antes
de 1993 (antes desta data, o sangue das transfusões não era testado nem se
conhecia o vírus); usuários de drogas injetáveis (cocaína, anabolizantes e
complexos vitamínicos), inaláveis (cocaína) ou pipadas (crack) que compartilham
ou compartilharam agulhas, seringas e cachimbos; pessoas que fizeram tatuagens,
piercings e que frequentam manicures, podólogos, dentistas e cirurgiões que não
obedecem as normas de segurança e não usam materiais esterilizados corretamente,
além de pessoas com múltiplos parceiros e que já tiveram relações sexuais sem
uso de preservativo.
Diagnóstico
precoce - O Brasil é o único
país em desenvolvimento no mundo que oferece diagnóstico e o tratamento
universal para as hepatites virais, no Sistema Único de Saúde. Foi o país também
que defendeu recomendações importantes, como a criação do Dia Mundial de
Hepatites Virais como estratégia de visibilidade para o impacto dessas doenças
negligenciadas, a ampliação do acesso a vacina para hepatite B para até 49 anos
e a incorporação de novos medicamentos, como os inibidores de protease, para os
portadores de hepatites C.
Cerca de 495 milhões
de pessoas em todo o globo, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde
(OMS), são atingidas por essas doenças e suas complicações. Desde que foram
implantados em 2011, os testes rápidos para hepatites B e C passaram de 30 mil
testes naquele ano para uma expectativa, este ano, de 2,5 milhões de testes
distribuídos, o que significa um aumento superior a 8.000% da oferta de testes
rápidos no país.
Hepatite é um termo
genérico que significa inflamação do fígado. Pode ser causada por medicamentos,
doenças autoimunes, metabólicas e genéticas, álcool, substâncias tóxicas e
vírus. As hepatites virais são causadas por vírus diferentes designados por
letras do alfabeto (vírus A, B, C, D e E). Quando a pessoa já teve um tipo de
hepatite, ela pode pegar outro tipo. Mas quando a pessoa tem um tipo de
hepatite, esta não passa para outro tipo de hepatite.
A maioria das
hepatites virais não têm sintomas, independe do tipo, contudo, quando apresentam
sintomas são caracterizados por sintomas como cansaço, mal-estar, dor abdominal,
falta de apetite e icterícia (amarelão). Em estágio crônico, a doença apresenta
sintomas como cansaço, fígado aumentado, cirrose e câncer.
O diagnóstico inclui
a realização de exames laboratoriais, a fim de caracterizar a doença e sua
gravidade.
Hepatite
A –
A principal via de contágio é a fecal-oral, por contato interhumano ou por meio
de água e alimentos contaminados. É muito comum onde não tem higiene, não há
rede de esgoto e em épocas de enchentes.
Hepatite
B –
É considerada uma Doença Sexualmente Transmissível (DST), ou seja, a pessoa pode
pegar por meio de relação sexual sem preservativo, pois são a secreção vaginal e
o sêmen que contêm o vírus. Esta hepatite também pode ser transmitida por
compartilhamento de seringas e agulhas, ao se fazer tatuagens, piercings,
procedimentos odontológicos, através do leite materno e de mãe para filho
durante a gestação. Os postos de saúde têm vacina para este tipo de hepatite.
Hepatite
C –
A infecção por este vírus já é a maior responsável por cirrose e transplante
hepático. Ainda não existe vacina para este tipo de hepatite, cuja principal via
de transmissão é a parenteral (venosa).