por Guilherme Barcelos
Cada
vez mais, a mistura étnica esta presente no samba. Quando falo ‘samba’, estou
me referindo a este ritmo de uma maneira geral.
Houve
um tempo na história brasileira (e principalmente carioca, se for levado em
conta que o nosso samba teve a ‘sorte’ de servir de referencial por este país
afora), que o sujeito quando era parado numa situação de ‘batida policial’ (era
o nome usado na época) e se por ventura tivesse em seu poder algum tipo de
instrumento musical, era taxado de malandro e automaticamente enquadrado pela
policia por ‘vadiagem’.
Hoje
percebemos que esta arte musical denominada ‘samba’ se tornou uma parte do povo
brasileiro. Negros e brancos, pobres e ricos se misturam e se tornam ‘iguais’
por certo tempo, principalmente nesta época de carnaval, e as escolas de samba
refletem essa mistura.
Uma
fala empírica diz que ‘religião e time de futebol’ não se discute, porém,
também vejo o samba sendo agregado a este ‘dito popular’, no que tange as
escolas de samba.
Estas
agremiações com investimentos milionários se tornaram profissionais no que
fazem, fomentam a criação de emprego, participam ativamente da economia, e o
que é mais satisfatório para os ‘patrões’, fazem com amor.
As
comunidades têm pela escola do coração verdadeira adoração, é quase uma
religião.
Se
juntando a este grupo, chegam à classe mais favorecida, tendo a frente artistas
e jogadores de futebol. É um novo time que se junta para fazer deste samba o
maior carnaval do mundo.
Essa
energia harmoniosa poderia ser usada no cotidiano fora desta época
carnavalesca, pois teríamos a possibilidade de ter um Brasil com menos
desigualdades, é uma pena.
Mas,
enquanto isso não acontece, cabe a nós torcer para que esta que é a maior festa
do planeta transcorra na maior paz possível e estas pessoas estejam acima de
tudo somente com vontade de se divertir intensamente, e eu, fico por aqui, e
como não sou de ferro, desejo a Mocidade Independente Padre Miguel, que faça um
belo desfile e se possível ‘ganhe o caneco’, e viva o samba!
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