Os buracos do Campeonato Carioca
Faço minhas as palavras do amigo Gian Amato em sua análise da primeira rodada do Campeonato Estadual do Rio de Janeiro: “A distância entre os times grandes e pequenos é do tamanho dos buracos deixados pela ausência de público nos estádios...” Verdade verdadeira. Tecnicamente, mesmo jogando com reservas ou mandando a equipes que não seduzem o torcedor, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco venceram, sem sofrer gol, seus modestíssimos adversários, os chamados pequenos, a maioria do interior do estado.
Não se poderia esperar outra coisa. Se os grandes não são tão grandes como deveriam ser, imagine os pequenos. O surpreendente – ou quase isso – é a escassez de público. Não eram de se esperar estádios lotados, sobretudo com uma arquibancada a 40 paus. Mas ver o campeão carioca (e brasileiro) estrear diante de 1.641 gatos pingados, público pagante um pouco melhor do que os 994 que entraram de graça, isso num São Januário com gramado pedindo socorro, é de uma pobreza que diz bem do que é o Campeonato. Quer mais? O total de público nos jogos dos quatro grandes não chegou a 25 mil pessoas, incluídos os não-pagantes.
Está certo, as causas de tal indigência são muitas. Vão de uma quase falência da maioria dos clubes do Rio ao lugar que o outrora tradicional certame carioca passou a ocupar no calendário do nosso futebol. Para esses dois extremos, não há solução, pelo menos a curto prazo. Nem me atrevo aqui a discordar de outro amigo, Paulo Cesar Vasconcelos, quando ele diz que a imprensa esportiva implica demais com os cartolas. Limito-me a dizer que a Federação do Rio também cumpre uma tradição, iniciada em 1984, quando passou a ser presidida por Eduardo Vianna, o “Caixa d’Água”: a tradição de misturar incompetência com politicagem.
Mesmo reconhecendo que o atual presidente, Rubens Lopes, o Rubinho, segue religiosamente a tradição (nenhuma implicância nisso), inclusive a de se perpetuar no cargo, mal incurável do dirigente esportivo brasileiro, também seria simplista atribuir a ele toda a culpa por este que ameaça ser o pior campeonato da história do futebol carioca. Com um campeão que o desprestigia, com seu maior rival em difícil fase de reconstrução e com um Vasco tentando sobreviver, resta ao Botafogo de Seedorf, Bruno Mendes e companhia salvar a festa. Assim mesmo, a julgar pela primeira rodada, com um time um pouco melhor que os outros três.
Não se poderia esperar outra coisa. Se os grandes não são tão grandes como deveriam ser, imagine os pequenos. O surpreendente – ou quase isso – é a escassez de público. Não eram de se esperar estádios lotados, sobretudo com uma arquibancada a 40 paus. Mas ver o campeão carioca (e brasileiro) estrear diante de 1.641 gatos pingados, público pagante um pouco melhor do que os 994 que entraram de graça, isso num São Januário com gramado pedindo socorro, é de uma pobreza que diz bem do que é o Campeonato. Quer mais? O total de público nos jogos dos quatro grandes não chegou a 25 mil pessoas, incluídos os não-pagantes.
Está certo, as causas de tal indigência são muitas. Vão de uma quase falência da maioria dos clubes do Rio ao lugar que o outrora tradicional certame carioca passou a ocupar no calendário do nosso futebol. Para esses dois extremos, não há solução, pelo menos a curto prazo. Nem me atrevo aqui a discordar de outro amigo, Paulo Cesar Vasconcelos, quando ele diz que a imprensa esportiva implica demais com os cartolas. Limito-me a dizer que a Federação do Rio também cumpre uma tradição, iniciada em 1984, quando passou a ser presidida por Eduardo Vianna, o “Caixa d’Água”: a tradição de misturar incompetência com politicagem.
Mesmo reconhecendo que o atual presidente, Rubens Lopes, o Rubinho, segue religiosamente a tradição (nenhuma implicância nisso), inclusive a de se perpetuar no cargo, mal incurável do dirigente esportivo brasileiro, também seria simplista atribuir a ele toda a culpa por este que ameaça ser o pior campeonato da história do futebol carioca. Com um campeão que o desprestigia, com seu maior rival em difícil fase de reconstrução e com um Vasco tentando sobreviver, resta ao Botafogo de Seedorf, Bruno Mendes e companhia salvar a festa. Assim mesmo, a julgar pela primeira rodada, com um time um pouco melhor que os outros três.
Nenhum comentário:
Postar um comentário