O presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO),
rebateu nesta segunda-feira (15) declaração do prefeito do Rio de Janeiro,
Eduardo Paes, que lançou
o nome do governadordo RJ, Sérgio Cabral, para se candidatar a
vice-presidente da República pelo PMDB na chapa de Dilma Rousseff (PT) nas
eleições de 2014. Raupp disse ter telefonado para Paes na manhã desta segunda
para esclarecer o episódio.
"O candidato dele [Paes] é o presidente Michel [Temer].
Ele não vai falar mais sobre o assunto. Ele acha que é um direito que o Rio
podia ter, mas não vai se pronunciar mais", disse o dirigente do PMDB.
Raupp é presidente em exercício do PMDB; o titular é o próprio vice-presidente
da República, Michel Temer.
A declaração de Paes lançando Cabral para o lugar de Temer foi feita neste
comingo (14), quando defendeu a manutenção da chapa entre PT e PMDB para as
eleições presidenciais. "A gente respeita e gosta muito do vice-presidente
Michel Temer, mas acho que agora é a hora do governador Sérgio Cabral ser o
candidato a vice em 2014", disse o peemedebista em São Paulo, após
participar da 68ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa.
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Questionado sobre o motivo da declaração, Raupp disse que
foi "o momento, o calor da vitória", em referência à reeleição de
Paes para a Prefeitura do Rio de Janeiro, com o apoio de Cabral. "Tem uma
vitória muito forte, acho que é direito dele [Paes] querer espaço",
afirmou.
O G1 procurou a assessoria do prefeito Eduardo Paes para comentar a
declaração de Raupp, e até a publicação desta reportagem não havia recebido
resposta.
2018
Raupp disse que o partido prepara Cabral para uma possível candidatura à
Presidência em 2018, em virtude de "um potencial eleitoral muito
forte". Raupp disse que o próprio governador descarta a posição de vice de
Dilma.
"O Sérgio Cabral me disse que possivelmente termina o
mandato, que não sairia do governo", afirmou. Para se candidatar a vice,
Cabral teria que deixar o cargo no início de 2014. "Qualquer outro projeto
seria depois do mandato. E o candidato dele é o presidente Michel",
enfatizou Raupp.
Na entrevista em que defendeu Cabral, neste domingo, Paes também comentou sobre
a aliança entre PT e PSB, que obteve o maior crescimento nas eleições
municipais. "Eu não vejo no governador Eduardo Campos nenhum desejo de ser
candidato [a presidente] agora, não. Eu acho que ele apoia a reeleição da
presidente Dilma e acho que tem que perceber que o PSB é um partido importante,
mas que o PMDB tem prevalência nessa aliança", disse.
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