Os proprietários de quiosque da Praia do Forte, em Cabo Frio,
RJ, que estão em uma área de proteção ambiental precisam deixar o local. Com os
estabelecimentos instalados na areia, a movimentação natural das dunas fica
prejudicada. A prefeitura da cidade foi notificada pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e tem o prazo de dois meses para começar
a retirada dos quiosques.
No início de outubro, a areia invadiu o local e cobriu até
os banheiros químicos. Os funcionários tentaram retirar o excesso, mas não
tiveram resultado. Na época, as rajadas de vento chegaram a quase 70 Km por
hora no litoral da Região dos Lagos. Para conter a invasão, o Serviço de
Desenvolvimento de Cabo Frio (Secaf), usou uma pá carregadeira e depois molhou
a areia. O objetivo era que ela não se espelhasse com tanta facilidade.
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O vento deu uma trégua nos últimos dias e o avanço das dunas
diminui. Mesmo assim, alguns quiosques continuam ameaçados pela areia. Na Praia
do Forte são 25 estabelecimentos. Pelo menos três deles devem ser demolidos em
um prazo de 60 dias. É o que prevê um projeto feito pela prefeitura e aprovado,
na semana passada, pelo Iphan. O órgão impôs algumas condições para a aprovação
da medida. Uma delas foi a retirada imediata dos toldos e estruturas que não
fazem parte do projeto original dos quiosques. Mas, até esta segunda-feira (15)
tudo continuava como estava.
Segundo o Iphan, o avanço dos quiosques se tornou
descontrolado ao longo dos anos. E, as ampliações sem critério podem prejudicar
a movimentação natural das dunas. Segundo os donos dos quiosques, até
segunda-feira (15) eles não haviam sido notificados sobre o projeto de
padronização. O Iphan alerta que se nada for feito para regularizar a situação,
a prefeitura pode ser punida.
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