Palestras, oficinas e debates, sempre focados na mulher, constam no programa Mulheres Sem Fronteira que realizou, na última sexta-feira (21), o primeiro encontro no Polo de Cultura Fronteira. O evento foi uma realização da Fundação Macaé de Cultura (FMC), que teve como tema o empreendedorismo. A iniciativa tem o objetivo de levar às mulheres da comunidade e bairros vizinhos, conhecimentos e experiências relevantes para o seu desenvolvimento familiar e de seus negócios, bem como oferecer um espaço para o diálogo.
A ação reforça o compromisso com a sustentabilidade local e o objetivo de contribuir para o desenvolvimento cultural e econômico das comunidades. Neste primeiro encontro, a palestrante convidada foi a vice-presidente de Preservação e Promoção de Igualdade Cultural e Racial, Zoraia Dias, com a palestra Mulheres Empreendedoras. O discurso trouxe orientações e incentivo para abertura do próprio negócio e a necessidade da formalização.
“Naturalmente nós mulheres somos empreendedoras, aprendemos a ser mães desde pequenas, pois cuidamos de nossas bonecas ganhadas na infância. Temos habilidades naturais que é o cuidar. Aprendemos a lavar e passar as roupas, cozinhar e etc. Essas habilidades podem ser transformadas em dinheiro e isso é empreendedorismo. Saindo da informalidade elas podem se estabelecer no mercado de trabalho”, frisou Zoraia.
A programação contou ainda com exemplos de sucesso. Mulheres que se destacam em diferentes áreas, como Marineide Pereira (beleza), além de Zilanir Alves (cosméticos) e Bia Mara Barbosa (turismo) que contaram um pouco de suas vidas e como conseguiram destaque no mercado macaense.
A comerciante Luciana Alves, dona da lanchonete Vitória, no bairro Fronteira, falou um pouco sobre a sua experiência no processo da formalização por meio de programas como o Micro Empreendedor Individual, o MEI. “Ser legalizado é uma forma de ter diversas vantagens, pagar o seu INSS com uma taxa menor, possuir CNPJ e a vantagem de ser um comerciante correto”, ressaltou.
A coordenadora do Polo Fronteira, Keila Quirino, acredita que investir em mulheres é uma das formas mais efetivas na redução das desigualdades e na qualidade de vida familiar. “O investimento na educação de mulheres tem um significativo efeito multiplicador. É a mulher quem educa e, em muitos casos, responsável pelo sustento dos filhos. Portanto, a melhor maneira de garantir que nossas crianças tenham uma vida estável, emocional e intelectual, é oferecer meios para que as mães alcancem sua independência financeira e tenham orientação para cuidar dos seus filhos. Cuidar das mães é a melhor maneira de cuidar das crianças”, avalia.
A partir desse primeiro encontro, a Fundação Macaé de Cultura vai investir em parcerias para levar ao Polo da Fronteira cursos de capacitação. As interessadas podem entrar em contato com a secretaria do Polo, das 8h às 17h ou pelo telefone 2762-4716.
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