segunda-feira, 31 de março de 2014

Pragmatismo Político: As atrizes da Globo ainda estão de luto contra a corrupção?


O STF acaba de sepultar o esquema de corrupção do PSDB montado em Minas Gerais pelo então governador Eduardo Azeredo. Trata-se de desvio de dinheiro público no primeiro escalão do poder.
Acabou.
Com o desmembramento da ação, vão “disputar a partida” em casa, onde Aécio Neves sempre teve a mídia e a justiça nas mãos. O Supremo jogou no ralo a possibilidade de pegar corruptos graúdos, criadores “da tecnologia” utilizada desde os tempos da compra de votos em 1998.
Então surge a pergunta: cadê o luto das atrizes da Rede Globo? Onde está a revolta no Facebook expressa em páginas de preto?
Nem uma linha, nada. Uma manifestação aqui, outra acolá. Estatisticamente irrelevante. Me faz lembrar o que disse ACM uma vez: “se não deu no Jornal Nacional é porque não existiu”.
Mas, fique tranquilo, a sua indignação não é seletiva, você é uma pessoa de bem, quer um país melhor. Você quer os políticos encarcerados; não os empresários, os banqueiro, juízes e barões da comunicação, que comandam o jogo do capital no tabuleiro lá de cima.
Você cumpre o seu papel de indignar-se com os alvos de Globo e Veja, assim como quem malha o boneco de Judas enquanto a rua inteira é assaltada. E pouco importa que “esses bonecos” sejam apenas os que a mídia privada elege para serem odiados.
Você não tem culpa! Trabalha exaustivamente, paga as suas contas e não tem culpa de receber o veneno que eles te empurram goela abaixo e que contamina sua alma.
Não tem culpa de, como dizia Raul Seixas, “ser treinado todo dia como um dobermam do sistema”
Mas uma coisa é certa. É necessário ficar atento no que esses grupos estão conseguindo fazer com a opinião pública brasileira.
Hoje, em conversa com meu pai, ele, referindo-se a essa questão da manipulação midiática, citou Baudelaire, dizendo que “a maior astúcia do diabo é fazer com que as pessoas pensem que ele não existe”. Eu entendi, mas discordei. Para mim o jogo é ainda mais pesado, muito mais do que o filósofo pudesse supor.
O que acontece por aqui é que as pessoas até conseguem enxergar “o diabo” mas, mesmo assim, não têm mais forças para reagir, pois deixaram ele ocupar a sua mente e se instalar em seu coração.
Sair disso, só com investimento pesado em educação crítica /cidadã e Ley de Medios. Coisa que esse governo, sem pressão popular, pelo visto não vai fazer.

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