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Sem solução, trânsito de Búzios é teste de paciência para moradores e turistas
Nem bem chegamos ao início oficial do verão e o caos no trânsito da Cidade deu as caras neste feriadão. Apesar do mau tempo verificado no meio da semana, a sexta-feira amanheceu com céu claro, o que fez com que moradores e turistas saíssem de casa rumo às praias ou para passeios no Centro da Cidade. Como resultado, a Avenida José Bento Ribeiro Dantas permaneceu engarrafada durante boa parte do dia e da noite.
Sem que nenhuma grande obra tenha sido feita no principal eixo viário do município desde 2005, quando o então prefeito Toninho Branco resolveu dar uma repaginada em determinado trecho do acesso, batizando-o de Via Azul, a avenida vem dando sinais de estar saturada, mesmo em dias úteis, e períodos fora da alta temporada. Estima-se que passem pelo Pórtico cerca de 6 mil carros diariamente; o número dobra em feriados importantes e férias de final de ano. Para tanto carro, além de vias sem acostamento, e em sentido duplo (mão e contra -mão), Búzios não conta com sinalização de trânsito eficiente, nem vagas suficientes para acomodar tantos veículos. Mais uma vez o resultado é o caos.
De acordo com Fabio Escobar, diretor da empresa que cuida do estacionamento na Cidade, o Centro de Búzios conta apenas com trezentas vagas nas principais ruas. – O excedente de carros encontra vagas nos estacionamentos particulares, e em cima de calçadas, na maioria das vezes isso acontece porque os motoristas são mal orientados por flanelinhas, e há déficit de guardas municipais, já que após as 23h00 meu pessoal sai das ruas em direção à suas casas, e pessoas vindas de outros locais acabam exercendo informalmente esta função – contou o empresário em visita ao PH realizada na semana passada.
O fato é que, tanto as questões relacionadas ao trânsito, quanto ao estacionamento, fazem parte de uma mesma equação que é a mobilidade urbana; o projeto de transportes públicos, elaborado ao longo deste mandato pela Secretaria de Planejamento, acabou ficando nas gavetas do governo, por motivos que a população desconhece.
O preço pela inação do governo já está sendo sentido nas ruas. Volume de trânsito acima do que comportam as vias vicinais e secundárias da Cidade, dificuldade para estacionar carros, tanto de dia nas praias, quanto no Centro da Cidade à noite, além do risco de extorsão e assaltos praticados por delinquentes travestidos de flanelinhas, que atuam na madrugada, muitas vezes a poucos metros de locais onde deveriam estar guardas municipais.
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