Os jornais O Fluminense e Extra praticamente não circularam nas cidades de São Gonçalo e Niterói nesta terça-feira (24.set.2016) depois que cerca de 30 homens forçaram a venda de todos os exemplares antes da distribuição.
O grupo entrou num galpão em Niterói onde os jornais são divididos entre os diferentes distribuidores para ser levados às bancas. Os funcionários foram constrangidos a vender as edições antes de sair com os veículos. No caso do Extra, apenas o suplemento da região de São Gonçalo foi levado (embora não possa ser vendido separadamente).
Tudo indica que a motivação do grupo era esconder a notícia de capa: o Ministério Público Federal denunciou o candidato a vereador conhecido como Eduardo Gordo por desvio de recursos. O político do PMDB já foi presidente da Câmara Municipal e é acusado fraudar a Saúde e embolsar R$ 57 mil reais.
A Associação de Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) repudia a atitude do grupo. Recolher o jornal não muda os fatos e constitui crime contra a liberdade de imprensa. A população de São Gonçalo tem o direito de conhecer seus candidatos, e pode ler aqui a reportagem do Extra sobre a denúncia contra Eduardo Gordo. As autoridades do Rio de Janeiro devem trabalhar para identificar os responsáveis pela ação.
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