sexta-feira, 13 de maio de 2016

Nesta sexta: Encontro literário exalta os poetas malditos no Foyer do Teatro Municipal de Macaé




Mais uma noite de Poesias, Poetas, Povo. O encontro "A Língua do P", promovido pela Fundação Macaé de Cultura (FMC), reuniu nesta terça-feira (10), apreciadores literários no Foyer do Teatro Municipal de Macaé (TMM) para interpretarem suas próprias poesias e de autores consagrados.

O objetivo do encontro, que permanece no cenário cultural , todas as terças-feiras, sempre às 19h, é promover a harmonização entre poetas, apreciadores e simpatizantes. O professor e poeta Gerson Dudus, responsável pela proposta e membro do setor de produção da FMC, acentua que "A Língua do P" além de reunir os poetas que vivem em Macaé visa resgatar leitores poéticos.

O evento foi aberto com a animação artística do violonista e cantor Langenberg, interpretando MPB e música internacional como "Dona", "Corsário", "Aquarela" e "Porto Solidão", entre outras. Antes da leitura poética, o professor Dudus convidou todos a participarem do primeiro "Sarau Soturno" que será realizado nesta sexta-feira (13), no Solar dos Mello - Museu da Cidade, só com poetas malditos e poemas estranhos. "Vamos escolher poemas de Poe, Baudelaire, Lautreamont, Rimbaud, Trackl, Celan, Ginsberg, Kerouac, Piva, Mattoso, Willer e Hilst, entre outros.

Ele explicou que o termo poetas malditos ganhou maior notoriedade no século XIX, quando o amigo de Arthur Rimbaud, Paul Verlaine, publicou a obra "Les Poètes Maudits" (Os Poetas Malditos). "O maldito também pode ser aplicado em autores que passaram pelo mesmo processo como William Blake e Baudelaire. Outro escritor que ganhou a alcunha foi Henry Miller, que teve suas obras proibidas nos Estados Unidos dos anos 30. Todos estes autores são associados pelos críticos literários como transgressores, escritores que romperam a se rebelaram contra as tradições e costumes da época em que iniciaram seus trabalhos. O maldito é o contrário do que se chama de olímpico na crítica literária".

Os participantes do encontro leram dezenas de poesias dos mais variados poetas malditos. A presidente da Fundação Macaé de Cultura (FMC), Tânia Jardim, envolvida com o cenário também leu oito estrofes do furacão da poesia, Arthur Rimbaud. "É impossível não se envolver com a poesia. Rimbaud, influenciou a literatura, a música e a arte modernas e era conhecido por sua fama de libertino e por uma alma inquieta", pontuou.

Para o poeta macaense Paulo Emílio Azevedo (40 anos), conhecido como o "Poeta paz", esta é uma ação cultural que não deve parar por sua importância em resgatar leitores poéticos. "Creio que a FMC deve dar continuidade porque abre um espaço de fruição poética de consumir, digerir e experimentar a poesia nas suas diversas formas e o Gerson Dudus tem muita propriedade para tocar o projeto literário", afirmou. Já a professora Terezinha Santana (65 anos) baiana de nascimento, disse que o encontro é positivo porque resgata os prazeres da leitura-poética. "Além disso, envolve e incentiva as pessoas a conhecerem os novos poetas e suas poesias".


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Por Lourdes Acosta // Jornalista profissional
Divulgação FMC
Macaé, 11/05/2016.

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