por Messias Carvalho
Em toda a região se comenta a proposta de um projeto urbanístico para a área peninsular do município, contratada ao escritório do arquiteto Índio da Costa. Mas essa proposta tem que ser "casada" com o Plano Municipal de Mobilidade Urbana, que está no início de elaboração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
E isso porque tem a ver com arrumação das vias, dando prioridade, e nessa ordem, como prevê o Plano Diretor, para os pedestres, ciclistas, usuários de transporte público e, por fim, aos usuários de carros particulares. Definido isso, aí sim, se determina a localização do mobiliário urbano, incluindo-se postes, placas informativas e de sinalização, entre outros.
O que muita gente não sabe é que há exatamente dez anos (setembro de 2004) o então Secretário de Habitação e Assuntos Fundiários e hoje Vereador do município em seu terceiro mandato, Messias Carvalho, desenvolveu um projeto de ordenamento urbanístico para o bairro Boa Vista, na Rasa, escolhido para se tornar modelo de intervenção positiva para outros bairros da cidade.
Estamos em 2014 e após dez anos aquele projeto volta a ser discutido pelo Governo Municipal, num esforço para que, finalmente, se consiga dar início a intervenções que sejam solução para os problemas de mobilidade e ordenamento urbano. O grande problema é essa defasagem de uma década entre o projeto e sua execução. A população cresceu e muitas casas e lojas foram construídas e instaladas ao longo desses anos.
"O estudo feito em 2004 serve como base para as intervenções que visam o ordenamento e a melhoria da mobilidade urbana", comentou o Vereador Messias Carvalho. "Porém, para o caso específico do bairro Boa Vista, o ideal seria que o governo complementasse o projeto com dados atuais antes de começar as obras", concluiu. Mas para não perder os recursos do Estado, o Governo Municipal iniciou as obras baseando-se no projeto de 2004.
O projeto de ordenamento urbano para o bairro Boa Vista foi elaborado por Messias Carvalho dois anos antes da aprovação do Plano Diretor, que estabeleceu diretrizes para este tipo de intervenção, o que mostra o perfil visionário do hoje vereador com relação aos assuntos de interesse da cidade.
"O Plano Diretor fará dez anos em 2016. O que se pode dizer de sua aplicação? Muito pouco! Então, não tem cabimento se falar em sua revisão. Não se revê o que sequer foi implementado! O que tem que ser feito, e ainda temos pouco mais de dois anos pra isso, é colocar em prática algumas ações apontadas no Plano, como soluções para a mobilidade urbana e criação de Áreas de Especial Interesse (AEI's) para fins de regularização. Simultaneamente, o que pode ser feito é uma releitura do Plano Diretor, com a intenção de se fazer pequenos ajustes em 2016?, sentenciou Messias.
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