Três pessoas foram autuadas em flagrante por policiais do
Detran (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo) por fraudarem com o uso
de digitais impressas em silicone o controle presencial de alunos em autoescola
na Rua dos Tamoios, Vila Alzira, em Santo André.
Claudio de Gianni, 59 anos, com antecedentes criminais por
roubo e latrocínio, e seu filho, Daniel Felipe Vanuchi Dias de Gianni, 26,
proprietários do local, além do instrutor Joaldo Galdino de Oliveira, foram
detidos no 1º DP (Centro) da cidade, onde o caso foi registrado. Outras nove
pessoas foram averiguadas.
Em julho, caso semelhante foi flagrado em estabelecimento de
Diadema. Em Santo André, a investigação da Corregedoria Geral do Estado durou
cerca de três meses. No período, foram apuradas denúncias de que alunos
conseguiam marcar presença mesmo sem ter feito as 20 horas de aula prática
obrigatórias para adquirir a CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Na tarde
de ontem, as acusações foram confirmadas.
Foram encontrados diversos moldes de dedos de silicone, além
de carros estacionados que deveriam estar em aula. Cerca de 20 aprendizes de
motorista participavam do esquema, segundo apuração prévia dos órgãos.
Os três homens detidos não quiseram se pronunciar sobre o
caso. O serviço seria oferecido apenas a clientes próximos.
O trio foi autuado por falsidade ideológica, corrupção
passiva e alteração indevida de dados da administração pública. Policiais do
Detran afirmaram que os métodos utilizados na confecção dos moldes e fraude no
registro eletrônico de presença eram inovadores para os padrões encontrados
nesse tipo de irregularidade.
O Detran e a Corregedoria do Estado pedirão nos próximos
dias o cancelamento da habilitação de alunos que comprovadamente participaram
da fraude. A autoescola será descredenciada e perderá a licença para formar
novos condutores.
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