Construído no final dos anos 1990 para receber turistas
vindos principalmente da Argentina, o Aeroporto Internacional de Cabo Frio, no
Rio, se transforma agora para ser um grande centro da indústria do petróleo e
gás.
Até 2014, serão
investidos R$ 60 milhões na ampliação do pátio de aeronaves e na construção de
novos terminais de cargas e passageiros para atender empresas como a Petrobras, a OGX
(do empresário Eike Batista) e a BP.
A indústria
petrolífera também movimenta outros aeroportos regionais do Estado, como o de
Macaé, sob gestão da Infraero (empresa que administra os aeroportos), e o municipal de
Maricá.
Só de janeiro
a agosto deste ano, o desembarque de cargas em Cabo Frio -máquinas,
equipamentos e insumos industriais- vindas do exterior para as petrolíferas
cresceu 75,7% em relação ao mesmo período de 2011.
Proporcionalmente,
o aumento verificado na cidade é superior ao registrado no transporte de cargas
em Cumbica (18,5%) e Viracopos (-5,45%), em São Paulo, e no Galeão (32,4%), no
Rio, durante o mesmo período.
Atualmente,
três voos cargueiros semanais vindos de Miami (EUA) chegam ao aeroporto. E, há
20 dias, a Libra Aeroportos, atual concessionária de Cabo Frio, fechou acordo
com a Lufthansa para cargas de transferência.
Segundo o
diretor da empresa, Pedro Orsini, novos voos internacionais poderão chegar a
Cabo Frio. “Temos equipes nos Estados Unidos fazendo corpo a corpo e mostrando
as vantagens de operar no aeroporto”, disse.
Já os
embarques e desembarques de passageiros cresceram 48,8% neste ano em relação ao
mesmo período de 2011, e os pousos aumentaram 61,7%.
Nos dois
casos, a maioria é de funcionários e helicópteros das plataformas de petróleo
em alto mar.
“O nosso
entendimento é que queremos crescer”, disse Orsini. “A concorrência com o
Galeão é sadia. Estamos lá para concorrer. Cada um tem seu nicho e a nossa
perspectiva é crescer ainda mais”, completou.
AMPLIAÇÃO
De acordo com
a Libra Aeroportos, serão mais 30 posições para helicópteros, 16 mil m² de área
coberta para cargas e um terminal com capacidade para até 1,2 milhão de
passageiros por ano.
Atualmente, o
aeródromo tem 13 posições para helicópteros (em operação simultânea), 70 mil m²
de área de carga (alfandegada) e terminal para 300 passageiros (por voo), além
da capacidade de receber aviões cargueiros.
A próxima
etapa da Libra é obter autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância
Sanitária) para importação de substâncias para a indústria farmacêutica.
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