Aeroporto de Cabo Frio |
O grupo Libra vai reforçar a integração entre as diferentes áreas de negócios - aeroportos, logística e portos - no mercado do Rio de Janeiro, a partir de 2013. O conceito passa por desenhar soluções logísticas com o menor custo total para os clientes. O foco recai sobre empresas do setor de petróleo e gás que exportam e importam bens e equipamentos.
O plano poderá considerar, sempre que for vantajoso, o uso dos ativos da Libra no Rio, incluindo o Aeroporto Internacional de Cabo Frio, na região dos Lagos, o terminal de contêineres da empresa no porto do Rio e uma estrutura de armazenagem que está sendo criada no Estado pela Libra Logística, uma das três áreas de negócios do grupo. As outras são as áreas de terminais, que controla operações portuárias de contêineres em Santos e no Rio, e de aeroportos. Em 2011, a Libra assumiu o controle do aeroporto de Cabo Frio, que tem entre os clientes grandes empresas da indústria de petróleo.
A integração entre as diferentes áreas de negócios está prevista no planejamento estratégico do grupo 2012-2016. A Libra Logística oferece soluções integradas para os clientes, mas a atuação está mais concentrada em São Paulo, onde a empresa tem o Terminal do Valongo (Teval), em Santos, focado na exportação, e com um porto seco, em Campinas. Ambos passam por expansões. O Teval receberá investimentos de R$ 28 milhões e a Libra Campinas, com atuação em eletroeletrônicos e produtos farmacêuticos, R$ 22 milhões.
Agora o grupo vai preparar estudos, feitos por consultoria contratada, para entrar no mercado do Rio, disse Sebastião Furquim, diretor-geral da Libra Logística. A Libra vai definir um plano de logística integrada para o mercado fluminense. "Vamos buscar clientes que possam usar o Rio para ter um menor custo logístico", disse Furquim. A empresa está analisando a compra de área onde será construída a estrutura de armazenagem, ferramenta importante para reforçar a operação logística integrada.
A Libra Logística começará a operar em área com 80 mil metros quadrados. O terreno poderá situar-se na retroárea do porto ou em distância de cerca de 40 quilômetros do terminal de contêineres do grupo, que vai passar por programa de expansão com investimentos totais previstos em R$ 560 milhões até 2023.
Wagner Biasoli, diretor-presidente da Libra Terminais, disse que a primeira fase de expansão do terminal de contêineres da empresa no Rio estará concluída no primeiro trimestre de 2014. Nessa etapa, a empresa deve investir R$ 220 milhões, dos quais R$ 170 milhões em obras civis e R$ 50 milhões em equipamentos. Parte dos recursos será investida para ampliar o terminal em 40 mil metros quadrados, além de estender a área do cais, que vai passar de 545 metros para 665 metros de extensão. Na fase dois, se prevê mais 135 metros de cais e, na terceira etapa, deve ser implementada uma nova área para armazenar contêineres com 55 mil metros quadrados. Nas fases dois e três, estão previstos investimentos de R$ 340 milhões.
Biasoli disse que os investimentos consideram recursos próprios e financiamentos, estrutura na qual a Libra leva em conta o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo ele, a capacidade de movimentação do terminal da Libra no Rio vai dobrar, saindo dos atuais 315 mil TEUs (contêiner equivalente a 20 pés) para 630 mil TEUs, em 2014. Na fase três, que deve estar pronta em 2023, a movimentação deve atingir 948 mil TEUs por ano.
Segundo Biasoli, o plano de negócios da Libra para 2012-2016 prevê crescer a partir de três vetores. Um deles são as expansões dos terminais do Rio e de Santos e dos portos secos. Em Santos, a Libra prevê investir R$ 550 milhões para expandir o terminal de contêineres da empresa, mas o projeto depende de aprovação pela Advocacia Geral da União (AGU) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU), disse Biasoli. Outro viés de crescimento, segundo ele, são as licitações de terminais portuários de contêineres, de novos portos secos e de aeroportos. O último ponto considerado pela Libra são as fusões e aquisições. "Somos consolidadores na indústria de contêineres", disse Biasoli.
Fonte: Valor Econômico
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